Depoimento de uma professora
Lília Maria Sentinger Manfroi

 

Lília Maria Sentinger Manfroi nasceu em 1944, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Estudou no Colégio Bom Conselho, no Grupo Escolar Visconde de Pelotas e concluiu o Curso Normal na Escola Estadual de 1º e 2º graus 1º de Maio em 1963. Cursou Pedagogia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especializou-se em Avaliação na PUC/RS.

Trabalhou como professora de Alfabetização na Escola Estadual de 1º grau Júlio César Ribeiro de Souza em Alvorada/RS e como professora de Didática e supervisora de estágio na Escola Estadual de S. Sebastião do Caí. Na Escola Estadual de 1º e 2º graus 1º de Maio, lecionou Didática Geral, fez Supervisão de estágio, foi coordenadora geral e diretora.

1ª diretora eleita em 1985.

Trabalhou como supervisora administrativa nas escolas estaduais da 1ª Delegacia de Ensino na Ilha Grande dos Marinheiros, na das Flores, na da Pintada, na do Pavão onde havia uma escola apenas e que fechou no final do século 20, por falta de alunos. Exerceu o mesmo trabalho nas escolas do 4º distrito, bairro Navegantes.

NÚCLEO DE REFERÊNCIA EM MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO

 

Infância do depoente

Brincava-se de pegar, de esconde-esconde, sapata, estátua, Verde e Mandrake na calçada com as crianças vizinhas. Algumas vezes na casa de alguma, de bonecas. Dávamos banho, trocávamos as roupinhas, mamãe fazia comida, papai ia trabalhar. Também subíamos em árvores, no quintal onde até tínhamos uma casa na goiabeira. Era costume dos pais não deixarem menina brincar com menino.

Lá pelos 9 anos formamos um grupo de teatro. Escrevemos as pequenas peças, ensaiamos, fizemos os figurinos de papel crepon, meu pai imprimiu blocos de entrada e saímos a vender. Nosso público era de crianças pequenas muito entusiasmadas com aquele pequeno circo que aprontamos no quintal de casa. Havia até vendedora de doçuras, vestida de coelhinho.

Formação: Escola Primária

Estudávamos Linguagem, Matemática, Estudos Sociais (história e geografia) Artes Manuais, Ginástica (Ed. Física). Todos os anos, treinávamos marcha nas ruas do bairro para o Desfile da Mocidade, no 07 de setembro. Também cantávamos em orfeão e aprendíamos danças folclóricas.

A escola realizava festa junina muito freqüentada. Preparávamos-nos com vestido de chita, saias amplas e babados e não faltavam as sardas nas bochechas e nem o rouge e baton.

Nos recreios, jogávamos caçador, fazíamos correntes de mãos dadas para prender outras crianças, de preferência os meninos, brincávamos nos balanços, no passo gigante e gangorras.

Aos domingos depois do grande almoço, precedido pela missa na igreja Auxiliadora, íamos à matinê no Cinema Rival. Havia uma gurizada medonha trocando e vendendo revistas e batendo com os pés quando o mocinho perseguia o bandido. Depois, mais crescida, passamos a ir também ao Cinema Colombo e assistíamos ao mesmo filme na sessão das duas e depois às quatro. Retornávamos a casa a pé e em grupos de meninas e grupos de meninos. Era um bom trajeto: da Cristóvão Colombo pela Câncio Gomes, Marquês do Pombal, Cel. Bordini, 24 de Outubro. Tinha qualquer coisa de aventura com os meninos caminhando atrás.

Atividade extracurricular: Balé, natação e Ação Católica.

Cursei balé no Grêmio Náutico União com a Professora Trude Rasche e fizemos apresentações no Theatro São Pedro. Pelos 8 anos comecei a competir natação pelo Grêmio Náutico União.

Na Igreja Auxiliadora, frequentava o grupo de Benjaminas. Tínhamos uma reunião semanal com uma orientadora leiga que além do ensino religioso, lia histórias e nos emprestava livros para lermos durante a semana. Também com ela planejávamos apresentações nas datas comemorativas da igreja. Eram bailados, declamação de poesias, cantos... E, nas quermesses, ajudávamos a varrer os salões, preparar bandeirinhas de papel, toalhas nas mesas, flores, ensaiar as apresentações e formávamos grupos de trabalho para as diversas brincadeiras que se fazia na festa: vender telegrama, prender na cadeia, oferecer músicas, servir as mesas, ajudar a cuidar das bancas de prêmios etc.

Aos quinze anos iniciei esgrima no Grêmio Náutico União e passei pelo vestibular para cursar o Normal na Escola Normal 1º de Maio. Naquela época havia exames seletivos, chamados assim.

Ensinar na Escola Primária e Secundária

Era muito difícil conseguir uma vaga no Magistério Público em Porto Alegre em 1963,64. Por isto comecei a lecionar no Passo do Feijó, atual Alvorada, e necessitava de duas conduções.
Iniciei a lecionar em classe de 1ª série. Aplicava-se testes de QI e outros que vinham da Secretaria de Educação para selecionar as turmas de 1ª série. Conforme o nível dos alunos, planejava-se a Fase de Adaptação e Preparação para Leitura que durava umas três semanas.

Havia também, turmas de repetentes em 1ª série e conforme a idade dos alunos elas recebiam uma denominação. Alunos com idade de terceira série: 3ªD r1.

Em 1965 casei com o recém formado em medicina, Waldomiro Carlos Manfroi e no ano seguinte formei-me em Pedagogia que na época, licenciava para lecionar Didáticas em Escolas Normais, Filosofia, Psicologia e Sociologia.

Também era muito difícil conseguir uma vaga para lecionar em Porto Alegre. Havia poucas escolas Normais. Meu primeiro contrato foi ainda para mais longe do que o primeiro, São Sebastião do Caí. E também para chegar lá, necessitava de dois ônibus e precisava sair de manhã muito cedo para ir até a rodoviária no centro e lá pegar o ônibus de Caí.

Fato inusitado aconteceu certa manhã quando me atrasei e tentei pegar o ônibus de Caí na Av. Farrapos, onde era seu trajeto. Cheguei a tempo, mas quando o avistei e fiz sinal, o motorista não me viu porque outro ônibus me encobria. Não tive nem tempo de ficar desolada, pois o motorista do ônibus que estava na parada e que me encobrira fez com que eu subisse e ele me levou até o meu. E assim foi feito.

Alguns anos depois fui removida para Porto Alegre e trabalhei na Secretaria de Educação mais ou menos por dois anos até ser transferida para a Escola Normal 1º de Maio. Lá comecei a lecionar Didática Geral e orientar alunas estagiárias.

Na 1º de Maio, fui Coordenadora do Curso “Estudos Adicionais”, do Ensino Normal e Coordenadora Geral. Em 1985 fui eleita a 1ª diretora. Esta 1ª eleição foi bem movimentada. Com muito entusiasmo todos participavam dos debates: Associação de pais e mestres, professores, funcionários e alunos.

Todos votaram e eu não estava certa de vencer, pois a colega que concorria comigo era excelente professora e muito querida por alunos, colegas e funcionários e minha amiga.

Trabalhar como Diretora
Aposentadoria
Futuro da Escola

Outros:

1981 – participou do Estudo Exploratório sobre Estilos de Supervisão no Rio Grande do Sul na qualidade de assessora técnica. Trabalho editado pelo MEC.

 
Pequena e particular história do Magistério Público do início do século 20 no Estado do Rio Grande do Sul.

 

Dona Julita Neves de Oliveira, minha avó materna, lecionou em vários lugares da grande Porto Alegre, como na Ilha da Pintada, bairro Mont’Serrat e também no interior do Rio Grande do Sul, Maquiné e Barra do Ribeiro. Minha mãe, Inah, quando solteira, também exerceu o magistério, junto com minha avó, na ilha da Pintada na época em que vinham à Porto Alegre de caíque. Ela contava, quando a família se mudou para Maquiné, distrito de Osório, os moradores vinham visitá-los, curiosos, para ver o balcão com mesa de mármore branco. Muitos passavam o dedo na pedra e depois de lambê-lo, diziam “não é sal(i)”.

Ouvi, também, de minha mãe muitas histórias de dificuldades, coragem, persistência e de amor à profissão. Carretas que atolavam, crianças completamente desmotivadas, que viviam soltas como o vento, mas constatei que o professor era muito respeitado.

Quando meu avô, que trabalhava na Viação Férrea era transferido, minha avó era removida para a nova localidade, levando oito filhos e seis enteados. Meu avô, Pedro Odemar Oliveira exercia, paralelamente à função pública, a de médico homeopata. Muitas vezes ele usava da hipnose para tratar algum cliente.

Quando vovô se aposentou da Viação Férrea, vovó foi transferida para Porto Alegre. Sei que ela, minha mãe e mais alguns tios e tias lecionaram na antiga Estrada da Pedreira, atual Avenida Plínio Brasil Milano, e a escola ficava atrás de um armazém, mais ou menos na altura do Zaffari Higienópolis e da Escola de 1ºGrau Fabíola Dornelles.

Mais tarde criaram uma escola independente numas salas de uma casa na Rua Silva Jardim e por fim, o município construiu uma escola junto à Capela de Nossa Senhora do Mont’Serrat e a família mudou-se para uma casa ao lado da capela.

Tudo isto se passou antes de 1933, quando a Inah casou com Rodolfo Guilherme Sentinger.

Minha avó se aposentou e minha mãe, depois de casar, tornou-se comerciante, dona da Livraria e Bazar Auxiliadora, no bairro do mesmo nome, na rua 24 de Outubro, 1543.

Então eu me pergunto: como foi que ela passou a mim e meus irmãos, Maria Teresinha e René Pedro, este amor pelos livros e pelo magistério?

Lembro que, no final dos anos 40, eu ficava em cima de uma cadeira, debruçada no balcão da Livraria ouvindo as conversas das freguesas com minha mãe. Muitas vezes elas falavam de amor. Algumas comentavam namoros, outras os romances lidos e ainda outras, as professoras da Escola Primária Nª Sª Auxiliadora e do Grupo Escolar Visconde de Pelotas falavam dos alunos e da profissão. Minha mãe além de vender livros, tinha uma pequena biblioteca de romances que emprestava. A Coleção das Moças, na qual o nome M Delly pontuava com enredos românticos era a mais solicitada. Mas, nas conversas, o amor não era tratado apenas como sentimento ardente entre duas pessoas. Também ouvia coisas assim: O amor move o comportamento das pessoas. Em qualquer profissão temos que gostar do que fazemos. Mais ainda a do professor que lida com pessoas e pessoas são diferentes de coisas, de números, e, principalmente, diferentes entre si. Ninguém é igual ao outro. O professor tem que, antes de tudo, aceitar o outro, saber ouvir. Mais tarde, eu saberia que estavam falando de Empatia.

Um conto meu, quase autobiográfico:

Não sou mais nenê.

Ela pegou minha mão entre as suas, olhou bem para mim por cima de seus pequenos óculos, e puxando-me para junto de si, disse para a moça que fazia as matrículas: “Vou levar este nenê para sua mamãe”. Quando ouvi a palavra nenê, não sei como não chorei. Ainda bem que minha prima já tinha sido encaminhada para sua sala de aula.

No caminho, enquanto dona Felícia me conduzia bem presa pelo lado de dentro da calçada, e o mais longe possível da linha do bonde, eu ia pensando como é que os adultos podiam ver em mim um nenê. Sabia que não tinha idade para matricular-me na primeira série, minha mãe já tinha falado. Mas também tinha dito que não ia mais me tratar como nenê, pois quem sabia ler, fazer a maninha dormir e cuidar do leite para não derramar ao ferver, não era mais criancinha. Já deixara, também, de me dar beijinhos na mão quando íamos para a igreja aos domingos, o que sempre me deixava furiosa e ela sabia disso pois sempre respondia-lhe que não era mais nenê. Não entendia então, por que uma pessoa grande como eu, que fazia tantas coisas que os adultos faziam, não poderia freqüentar a escola. Não seria apenas uma desculpa dos grandes para que eu ficasse em casa cuidando da maninha? Bem, mas alguma coisa já me dizia que eu não tinha este direito ainda, tanto que planejei tudo sem que minha mãe soubesse.

Consegui uma saia azul-marinho, pregueada, que deveria ter sido de minha irmã mais velha; peguei uma pasta de couro pequena, que meu irmão não usava mais; arranjei um lápis, uma borracha e um caderno, e minha prima deu-me o livro que usara no ano anterior, na primeira série. Só ela sabia do plano E como era a única pessoa que aceitava que eu fosse para a escola, foi quem me ajudou a tramar tudo. Ela também não entendia por que eu não podia, Por outro lado, queria muito que eu brincasse com ela no recrreio, por isso me orientou em tudo que eu necessitaria para tornar-me uma colegial. Desde o sapato preto até o lápis e a borracha. Neste dia minha admiração por ela cresceu, pois a Gisela, que só tinha um ano mais que eu, dizia que eu era pequena, e por isso não podia ir com ela para a primeira série. Não sei bem dos motivos que levavam minha prima a ajudar-me, só sei que ela foi bem astuta ao buscar-me naquela manhã escapando de ser vista por minha mãe.

Tudo tinha dado certo, tintim por tintim. Só dona Felícia não tinha entrado no jogo. Por quê? Agora eu estava ali bem presa em suas mãos, como se eu fosse uma criancinha. Será que não me queria porque já tinha muitos alunos? É, ela parecia bem cansada. Ou era o meu jeito que a assustava? Teria eu, cara de sapeca? Ou será que o uniforme não estava bem? Quem sabe se minha prima esqueceu de algum detalhe. Esqueceu ou foi de propósito para me fazer de boba. Não sei, só sei que minha mãe será capaz de ter um ataque quando me vir assim vestida entrando com a professora. Ela tem cara de braba, pode ser até que xingue minha mãe, e a coitada nem tem culpa de nada. E eu, o que vou dizer? Como vou justificar minha fuga, meus trajes e os apetrechos escolares?

Não sei o que fazer, mas algo terá de ser feito para escapar da vergonha de ser trazida para casa sem ter conseguido a matricula. Uma menina tão grande como eu certamente saberá se sair desta.

Editado em “Contos no Solar”. Organizado por Vera Molina. Instituto Estadual do Livro. Alves Editora. 1994.

Leituras relacionadas:

Deixando vagar nossas emoções, lembranças nos falam sobre os tecelões do futuro.

Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

Sobre mestres inesquecíveis, “Lembro-me dele” - Lya Luft.

"(...) Ele me ensinou quase tudo o que sei: não só o tesouro oculto nas páginas de cada livro fechado, não só a maravilha de cada pequena ou grande descoberta, não só a comunhão com autores e leitores, mas a sabedoria da vida cotidiana."

"(...) Esse é o verdadeiro mestre: o que não castiga mas impele, o que não doutrina mas desperta a curiosidade e a acompanha, o que não impõe mas seduz, o que não quer ser modelo nem exemplo mas companheiro de jornada (...)"

Suzana Maringoni - Leciona Matemática em Florianópolis, foi eleita Professora do Ano 2000 no Prêmio Victor Civita.

Ter um ideal e nunca esquecê-lo.
Ser uma metamorfose ambulante em vez de ter aquela velha opinião formada sobre tudo, como cantava Raul Seixas. Não podemos deixar envelhecer sonhos, enrugar idéias. Quem perde a oportunidade de se renovar a cada dia, no contato com crianças e jovens cheios de desejos, desiste de viver, vira ultrapassado, neutro, passivo, incompetente, injusto consigo mesmo e seus alunos. Quem abandona ideais pára de ensinar a ter esperança no futuro.

Marilena Chauí - Filósofa, escritora e professora da Universidade de São Paulo.

Determinar o rumo de muitas vidas. Na escolha da carreira, talvez essa condição política não seja clara.
Mas basta refletir. Você passa mais de 500 horas por ano sob o olhar atento de estudantes que buscam modelos a seguir. Queira ou não, suas idéias vão influenciá-los. É pelo exercício da razão que eles saberão conquistar espaços na sociedade. Que tipo de cidadãos queremos formar?
Passivos e subservientes ou conscientes e ativos, capazes de transformar o destino?

Philippe Perrenoud - Sociólogo e doutor em Antropologia, professor da Universidade de Genebra (Suíça)

Planeta Terra, ano 2001. Mais de 870 milhões de analfabetos. Gente que não sabe escrever nem ler o próprio nome. Sem falar nos que ficam paralisados diante de um computador. Todos vivem à margem da Era da Informação. Ser um agente educador e poder contribuir para que esses números diminuam; levar o conhecimento a quem nunca teve a oportunidade de adquiri-lo e preparar os mais novos é honrar o ser humano.
É ver o planeta como a própria casa. É um privilégio escolher uma profissão fundamental, tornar-se essencial.

Paulo Freire - Educador (1921-1997)

Ninguém defendeu mais do que Paulo Freire o direito de sermos sujeitos de nosso conhecimento, de conquistarmos liberdade e autonomia. Como educandos ou professores. Para isso, é preciso aprender a pensar, a refletir e a rever posições e julgamentos. Capacidades dificilmente adquiridas num ambiente chato, sem estímulo, sem diálogo.
O pensar exige exercício, não só de fórmulas matemáticas ou regras gramaticais. Improvise, promova discussões, aproveite situações simples para desenvolver o raciocínio e a reflexão.

Dorina Nowill - Professora, cega desde os 16 anos, é especializada em Educação Especial

A escola é o lugar ideal para ensinar o que é respeito, justiça e democracia. Mas essa aprendizagem fica interrompida quando um aluno repete de ano ou um funcionário é obrigado a entrar pela porta dos fundos da escola. Educar exige transformar conceitos abstratos em atitudes concretas. Discutir a bestialidade das guerras no Oriente Médio é importante, tanto quanto impedir uma briga no pátio. Um clima propício à aprendizagem pede um espaço alegre e realista. Que não esconda as agruras do mundo, mas possibilite o prazer de estudar. Sem distinções.

Sobre pessoas que marcaram e marcam nossa vidas.

"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos,
há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas
há pessoas que simplesmente aparecem em nossa vida
e nos marcam para sempre".

(Pensamento - Cecília Meireles).

Sobre a mágica presença de estrelas.

"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas"

(Das Utopias - Mario Quintana).Revista Nova Escola, nº146, Outubro de 2001